Governo recupera R$ 78 milhões após fraudes no auxílio emergencial
Em audiência realizada hoje (14) na comissão mista do Congresso Nacional, o ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, afirmou que o governo já recuperou R$ 78 milhões do auxílio emergencial destinados a quem não tinha direito ao benefício.
Durante o evento de acompanhamento dos gastos e ações de combate à crise, o ministro disse ainda que cerca de 82 mil beneficiários tiveram que devolver aos cofres do governo a quantia depositada. “É pouco perto do valor que se foi, mas temos várias pessoas realizando a devolução desse valor”, afirmou.
Servidores públicos recebiam auxílio emergencial ilegalmente
De acordo com Wagner Rosário, a CGU uniu-se a estados e municípios na busca por violações, e identificou 299 mil servidores públicos recebendo os R$ 600 do auxílio emergencial.
O auxílio emergencial foi desenvolvido no início de abril deste ano para atender trabalhadores informais diante dos impactos causados pela crise. Logo, para ter acesso ao valor disponibilizado pelo governo, é necessário cumprir uma série de requisitos.
Diversos servidores públicos e militares cadastraram seus CPFs para fraudar o benefício. Ainda segundo Rosário, quem cometeu ilícitos sofrerá sanções, não somente administrativas, mas penais.
“Iniciamos um trabalho de busca de bases de dados de folhas de pagamentos de servidor público estaduais e municipais, porque o governo federal não tem acesso a essas bases. Numa parceria com estados e municípios, cruzamos e identificamos mais de 299 mil servidores públicos de todos os entes público recebendo recursos do auxílio emergencial”, disse o ministro.
Auxílio emergencial prorrogado
Bolsonaro prorrogou o auxílio emergencial por mais dois meses. De acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o benefício será dividido em quatro parcelas, que somarão R$ 600 mensais.
O pagamento deverá ser dividido da seguinte forma:
- R$ 500 no início do mês;
- R$ 100 no fim do mês;
- R$ 300 no início do mês;
- R$ 300 no fim do mês.
Segundo Guedes, a primeira parcela será pagada no início de agosto; a segunda no fim agosto; a terceira, no começo de setembro; e a último no fim de setembro.
Os pagamentos continuarão sendo feitos por meio de conta poupança digital, o Caixa Tem. Nela, o beneficiário poderá pagar boletos, fazer compras on-line e compras presenciais via QR Code.